Um som pesado de verdade: Jeff Beck. Eu fiquei chapado quando ouvi Shapes of things pela primeira vez (Truth, de 1968). O rolo compressor sonoro da banda liderada por Beck propiciou um momento único para a voz rouquenha de Rod Stewart, que, a partir daquele momento, assumiu um lugar no panteão rocker.
A voz de Rod, creio eu, tornou-se um problema para Jeff. O nosso guitar hero (isso é pura especulação minha) parece que entrou numas que deveria tocar para algum mané cantar. Isso durou uma leva de anos, até, pelo que parece, ele se cansar e resolver assumir um som instrumental. Jeff, enfim, em meados dos anos setenta, descobriu que não precisa de cantores - sua guitarra já nos diz tudo o que precisamos saber sobre o bom e velho rock'n'roll.
Foi nesse período que ele lançou dois discos que eu aprecio bastante: Blow by blow (75) e Wired (76), esse mais do que o primeiro. A partir desse momento, Beck mostrou realmente a sua habilidade como músico. A influência do jazz, então, torna-se patente em seu trabalho. O melhor exemplo disso é a fenomenal interpretação de Goodbye Pork Pie hat, a bela homenagem a Lester Young composta pelo baixista Charles Mingus.
Ouçam ali no podcast.
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