sábado, 20 de junho de 2009

Acende um Camel aí

Ouvir rock'n'roll é, para mim, remexer o baú da memória. O som "progressivo" do Pink Floyd fez-me lembrar de vários outros grupos que povoaram minha discoteca durante algum tempo. Um deles foi o Camel, banda inglesa que conheci na segunda metade dos anos setenta. É uma banda underrated, pouco conhecida do grande público.



De fato, a sua importância para mim é menos musical do que sentimental. O disco Moon madness não é melhor do que outras do gênero, acho até que, nesse disco, a pretensão ultrapassa o resultado final. São temas que, como outros, seguem aquela estrutura erudita (suítes) de vários movimentos com alterações rítmicas e coisa e tal (coisa que alguns metaleiros também fazem). Tudo no disco é de muito fácil digestão (o que não deixa de ser bom): harmonias, melodias e rítmos, Mas, como já disse, o que valeu para mim foi o aspecto sentimental: namoradinha nova e cheio de lirismo, fui presa fácil para as baladinhas defendidas pelo guitarrista e flutista Andy Latimer mais o baterista Andy Ward, o baixista Doug Ferguson e o tecladista Peter Bardens.


Comovido e envolvido pela juvenil paixão, acabei comprando o lp anterior, The snow goose, o terceiro do grupo e considerado pelos aficcionados como o melhor produzido pelo Camel. O disco foi inspirado no conto de mesmo título escrito por Paul Gallico, em 1941. Destaque-se que também nesse disco o grupo não é excessivamente cerebral. O resultado é interessante e, acredito eu, agradará os chegados no prog rock.


Ouçam ali no podcast.


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