O meu cinqüentenário foi bem comemorado. Na terça passada, participei de uma das melhores sessões de jazz dos últimos tempos (pelo menos para mim). Na quinta, toquei um pouco de blues com a moçada do Sunrise (grupo de Vitória). No sábado, fui assistir Thales e seus amigos tocarem músicas do Led Zeppelin (foto dir.) no teachers pub. Tudo regado com vários tipos de uvas de diversas partes do mundo e, vez e outra, culminando em bons momentos em boa e doce companhia. Para encerrar, hoje, daqui a pouco, irei à casa do meu amigo Danilo tocar um pouco de mpb. Mesmo assim, lá longe no horizonte da alma, acena-me uma leve melancolia. Tá bom não, muquirana? Sim, sim, o problema é: quando acontecerá de novo? Nunca mais. Como nesse blog, o que resta são reminiscências.
Parece que não há mais surpresas no mundinho cão. Surpresa, espanto mesmo, como aquela que tive quando deparei-me com outro compacto simples que meu irmão mais velho trouxe da capital. O som da afiada e aguda voz em companhia de uma guitarra lancinante, mais um baixo e uma bateria que troavam como as patas dos cavalos das hordas apocalípticas. Aquele som mais pesado que chumbo me fez flutuar: Led Zeppelin. No disco, de um lado tinha Black dog, do outro Rock'n'roll. Creio que foi aí que meus pentelhos e meus cabelos começaram a crescer.
Led Zeppelin seria o primeiro post para esse blog. Aguardei uma cópia do disco que Bernardo me apresentou durante uma sessão de bons vinhos em sua casa: How the west was won, gravado ao vivo, em 1972, quando a banda estava em seu auge. Esse disco me agradou bastante e foi inspiração direta para iniciar os trabalhos aqui nesse sítio. As versões dos clássicos zeppelinianos estão irrepreensíveis, com uma pegada forte como há muito não ouvia. O disco não veio. Continuei esperando até não poder mais adiar. Enfim, consegui encontrar o danado na rede e deixarei aí para vocês se esbaldarem.
Ouçam ali no podcast.
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