Creio que talvez esteja em desuso aquele joguinho místico que jogávamos, quando criança, com um osso em formato de V, que sobrava da galinha do domingão. Com o osso seco, pega-se em cada uma das extremidades (duas pessoas participam), deseja-se alguma coisa e puxa-se até que o osso parta. Aquele que ficar com a parte inteira terá o desejo realizado. Não me lembro se algum dos meus desejos se realizaram. Sei que, antes, a disputa pelo ossinho causava uma série de desavenças e normalmente terminava em porradaria. O ossinho deveria ser chamado osso da discórdia e não da "sorte".
Pois não é que em 1975, se não me falha a memória, descobri uma banda justamente com o nome do tal osso: osso do desejo (ou da sorte) - Wishbone Ash (um dos primeiros discos do grupo tem o tal ossinho carbonizado na capa). O disco que eu descolei era o There's the rub. O grupo inglês era formado por Andy Powell (guitarra), Ted Turner (guitarra), Martin Turner (baixo) e Steve Upton (bateria). O som desse lp tem pitadas de folk celta, funk e carregado de guitarras pesadas dobradas, que se revezam em frases ou abrem vozes interessantes. Foram justamente as guitarras que chamaram a minha atenção de imediato. Rock'n'roll melódico mas sem muita pieguice. Posteriormente, eu consegui comprar um lp de 1972, chamado Argus, que foi considerado um dos melhores daquele ano entre as bandas inglesas. Aqui o som tem um lance menos agressivo, com temas bem trabalhados. O disco é agradável.
Depois desses discos, nunca mais ouvi falar da banda, mas, em minhas andanças pela web, encontrei um link com um monte de discos do grupo. A moçada gravou bastante.
Sintam o som ali no podcast.
3 comentários:
Salsa, vi um dos grandes shows da minha vida - quase na surdina -, nos 80, no Rio, no hoje abandonado Hotel Nacional - como governantes dessa cidade podem ser tão cretinos?... E o elenco era, Wishbone Ash; Jan Akkerman (só no palco mas arrazando!) e Leslie West e sua banda do momento. Tudo q te conto é só de memória.
Só sei que pude assistir a esse showzaço, graças ao fato de estar atento no Caderno B do JB, pq, dele (o show), no dia, saiu apenas uma notinha - aqui vai um link do que, creio, não é a tal nota (tijolinho) do JB que li.
http://www.geocities.com/sunsetstrip/alley/8267/review54a.htm
Procurei mais informações agora apenas para lembrar que era o Leslie, a 3ª atração do evento.
Enfim, um evento de altíssimo nível em um teatro mínimo para um momento com tais estrelas, para mim e mais uns 200 privilegiados, bem informados. Naquela época as atrações já estavam make em Fade in...
Esse álbum da maçã eu já tive em LP. Grato pq, tenho algumas coisas baixadas da banda, mas justo esse álbum, nem me lembrava mais.
No meu blog, com o link certamente já morto, há um ao vivo que só quem tinha eram os amigos mais abastados. Só existia na Modern Sound ao custo dos olhos da cara sendo os rins os centavos.
Wishbone Ash é uma banda que tenho a maior simpatia. Valeu!
beleza Salsa
Wishbone Ash tem discos espetaculares, o Argus é um deles, obrigatório!
Uma das maiores bandas com duos de guitarras da história do bom e velho rock. Argus até soa psicodélico !!
Eu tive um vinil gravado ao vivo chamado Hot Ash, um concerto arrasador ainda com formação básica da banda, este disco foi relançado como Live Dates II mas ainda sem algumas músicas do vinil original
Som na caixa !!!
Abs,
Epa,
duas visitas e tanto. Tentarei conferir os discos indicados pelos confrades da blogosfera.
O link que eu arranjei tem todos esses.
Postar um comentário