Só faltava Jack Bruce. O baixista, logo após o fim do Cream, optou por fazer um disco solo: Songs for a tailor. O título, pelo que diz o encarte, é uma suposta homenagem à estilista preferida dos roqueiros, Genie the Tailor, que havia morrido em um acidente de automóvel. O que importa mesmo é que, quando a gente ouve o trabalho do cara, torna-se claro que ele é o mais musical entre os membros do ex-trio.
Jack mostra sua face de multi-instrumentista e encara piano, órgão, baixo, cello, guitarra com boa desenvoltura. Mas não é só isso: o mais interessante é observar como ele trafega pela música unindo estilos (trafega do jazz ao rock com fluidez) e forjando uma dicção especial. Jack Bruce mostra sua versatilidade como compositor e músico desde a primeira faixa - Never tell your mother she's out of tune -, na qual predomina uma forte levada funk (com um naipe de quatro sopros), passando por uma outra - Tickets to Water Falls - que bem poderia fazer parte do repertório do Yes. Outra faixa que muito me agradou foi a explícita e balançada homenagem a James Brown em The ministry of bag. Essas três faixas já pagariam o disco, mas tem muito mais.
Destaque-se a participação, na faixa Never tell..., do guitarrista de estranho nome L'Angelo Misterioso, que era também conhecido pelo nome George Harrison. Pois é, sabe-se que Harrison quando queria tocar de verdade ia se reunir com seus amigos do Cream.
Deixarei duas faixas no podcast
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