terça-feira, 31 de março de 2009

Songs of love and hate

Titubeei um pouco antes de postar esse comentário. Por dois motivos: o 1° é por achar que o som não é rock'n'roll (a linguagem musical é mais folk) e, 2°, e mais importante, por achar que Leonard Cohen merece mais do que um simples comentário. Ele merece um estudo mais aprofundado, algo que eu não estou muito disposto a fazer.

Justifico a minha opinião: Cohen é um dos poucos do universo pop (nem sei se deveria incluí-lo nesse rol) que sabem escrever. Suas letras não são meras letras para músicas, são poemas que merecem ser lidos, independentemente da música, que é algo, a meu ouvir, secundário em sua produção.
Nos quarenta e pouco anos de estrada (ainda está em atividade), ele produziu um número significativo de bons trabalhos, que merecem ser visitados. O primeiro disco que eu tive em mãos foi o Song of love and hate, que infelizmente se perdeu. Na época (o disco foi gravado em 71), eu achei bastante estranho. Só depois, lá pelo final da década de 70, eu comecei a apreciar mais o som do poeta canadense. Atraiu-me o clima de seus versos, marcados por boa dose de erotismo, pessimismo e ironia. Ao abordar os dilemas políticos que transbordavam naquele momento, não o fazia sem ser contundente. As coisas da paixão nunca eram menos que intensas. O cotidiano, sempre patético, não passa incólume à pena do visceral poeta. Isso tudo é servido com uma certa melancolia, que também encontramos em figuras como Dylan e Lou Reed.

Vocês poderão ouvir Diamonds in the mine ali no podcast.

O link: here!


3 comentários:

ReAl disse...

Eu tenho o The future. O clima é tenso. A letra da canção-título é demolidora:

Give me back my broken night
my mirrored room, my secret life
it's lonely here,
there's no one left to torture
Give me absolute control
over every living soul
And lie beside me, baby,
that's an order!


Give me crack and anal sex
Take the only tree that's left
and stuff it up the hole
in your culture
Give me back the Berlin wall
give me Stalin and St Paul
I've seen the future, brother:
it is murder.


Things are going to slide, slide in all directions
Won't be nothing
Nothing you can measure anymore
The blizzard, the blizzard of the world
has crossed the threshold
and it has overturned
the order of the soul
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant.


You don't know me from the wind
you never will, you never did
I'm the little jew
who wrote the Bible
I've seen the nations rise and fall
I've heard their stories, heard them all
but love's the only engine of survival
Your servant here, he has been told
to say it clear, to say it cold:
It's over, it ain't going
any further
And now the wheels of heaven stop
you feel the devil's riding crop
Get ready for the future:
it is murder.


Things are going to slide ...


There'll be the breaking of the ancient
western code
Your private life will suddenly explode
There'll be phantoms
There'll be fires on the road
and the white man dancing
You'll see a woman
hanging upside down
her features covered by her fallen gown
and all the lousy little poets
coming round
tryin' to sound like Charlie Manson
and the white man dancin'.


Give me back the Berlin wall
Give me Stalin and St Paul
Give me Christ
or give me Hiroshima
Destroy another fetus now
We don't like children anyhow
I've seen the future, baby:
it is murder.


Things are going to slide ...


When they said REPENT REPENT

Salsa disse...

Vinyl,
Esse eu não conheço. Vou procurar na rede.

Anônimo disse...

Aprendi muito